Etiquetas
Amor, Bronisław Malinowski, ilha Kiriwina, ilhas do amor, Papua Nova Guiné, sexo, sonho, Trobriand
Pois é, conhecidas como Ilhas do Amor, as Ilhas Trobriand ou ilha Kiriwina em Papua Nova Guiné são isso mesmo que você deve estar pensando. Lá o sexo, ou amor – como queira chamar, tem uma conotação um pouco diferente da que estão acostumados.
Homens, antes de querer partir logo para lá inventando a desculpa da viagens com os amigos ou arrumando a malas com sua namorada é melhor ler até o fim. A maratona lá pode ser um pouco cansativa e nem um pouco agradável. Para a mulheres um pouco mais soltas, digamos assim, também não será tão fácil a menos que tenhm uma COPÉLIA dentro delas, da série Toma Lá da Cá, exibido na TV Globo.
Durante as épocas de colheitas e de trabalho agrícolas o homem que cruzar por uma mulher será tratado de maneira um tanto quanto cruel: elas vão te perseguir, arrancar tua roupa, te tratar de maneira orgiástica e amorosa. Você não tem escolha, ela te escolhe. Ou melhor, basta passar pelo caminho delas. Elas tratarão dessa maneira a todos que elas vêem.
Essa cena me lembra a propaganda do Axe Vice (isso não é merchandising, não fui pago, apenas recordação) – Deixa ousada até a mais santinha! Bem que o pessoal do Axe poderia fazer um propaganda sobre um descarregamento de Axe Vice perdido pelas ilhas e seus efeitos sobre a população local.
Voltando ao assunto, antes do casamento, as jovens e os jovens podem levar uma vida de promiscuidade e amor livre, sem muitas restrições.
Sim, elas engravidam, mas também tem toda uma idéias diferente da paternidade. Elas não tem essa relação de biológica de quem é o pai da criança. Para eles o simples fato de ficarem com a mãe durante toda a gestação e de ficar ao lado de sua mulhee já é condição suficiente para se considerarem pais. Calma, não arrumem suas malas ainda!
Apesar de interessante esse modo de viver, não deve ser agradável para nós morarmos nessas ilhas. Viver esse tipo de relação, em que não existe um relacionamento como estamos acostumados, a fidelidade é vista de maneira um pouco diferente. É toda uma base diferente. Eu, pelo menos, gosto de nossa base de relacionamentos.
O principal estudioso dessa ilha foi Bronisław Malinowski, um antropólogo polonês. Brindo-os com um excerto dele:
“Entre esses nativos, a castidade é virtude desconhecida. Eles são introduzidos à vida sexual em idade incrivelmente precoce; muitos dos seus jogos infantis, de aparente inocência, não são na realidade tão inócuos como poderíamos crer. Com o tempo, os jovens passam a uma vida de promiscuidade e amor livre; gradualmente, porém, se vão envolvendo em casos mais sérios e duradouros, um dos quais termina em casamento. Antes que isso aconteça, entretanto, as jovens solteiras são livres para fazerem o que quiserem; existem, inclusive, arranjos cerimoniais em que as jovens de uma aldeia vão em grupos a outros locais. Ali se põem em fila para inspeção e cada uma delas é então escolhida por um rapaz, com o qual passa a noite. Esse ritual é denominado katuyiausi. (…) Há um outro tipo, bastante notável, de ritual licencioso em que, as mulheres abertamente tomam todas as iniciativas. Durante os trabalhos agrícolas, na época em que as ervas daninhas são arrancadas dos campos, as mulheres perfazem essa tarefa comunitariamente. Está sujeito a grandes riscos o estranho que nessa época se aventura a passar pelo distrito: as mulheres o perseguem, o agarram, arrancam-lhe a tanga e o tratam de maneira ignominiosa e orgiástica”.
Abraços